sábado, 29 de novembro de 2008

Amor não se pede....



Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo.Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump.Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito.Mas amor não se pede, imagine só.Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso.Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso.Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não.Amor não se pede, é uma pena.É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira.É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos.Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei.Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta. Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar.Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia. Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta.Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem.É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa. É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida.É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado.É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar.É triste lembrar como eu ria com ele. Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa?Ele sabe, ele sabe.
Tati Bernardi

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Angel




Spend all your time waiting
for that second chance
for a break that would make it okay
there's always some reason
to feel not good enough
and it's hard at the end of the day
I need some distraction
oh beautiful release
memories seep from my veins
let me be empty
oh and weightless and maybe
I'll find some peace tonight
In the arms of the angel
fly away from here
from this dark cold hotel room
and the endlessness that you fear
you are pulled from the wreckage
of your silent reverie
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here
So tired of the straight line
and everywhere you turn
there's vultures and thieves at your back
and the storm keeps on twisting
you keep on building the lines
that you make up for all that you lack
it doesn't make no difference
escaping one last time
it's easier to believe in this sweet madness oh
this glorious sadness that brings me to my knees
In the arms of the angel
fly away from here
from this dark cold hotel room
and the endlessness that you fear
you are pulled from the wreckage
of your silent reverie
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here
you're in the arms of the angel
may you find some comfort
here

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

...ter amigos



Nestes tempos em que tudo e todos exigem eficiência, coerência e firmeza, é um bálsamo saber que, com os amigos, podemos ser inseguros, indecisos, mal-humorados ou excitantes em excesso. Nestes tempos de valores tão distorcidos e efêmeros, é um conforto saber que podemos contar com os amigos para as grandes coisas e para as pequenas também. Principalmente para as aparentemente pequenas. É a Adriana ligando para dizer quais os filmes em cartaz que valem a pena ver. É a Tatiane, que volta de férias e traz de Paris aquele perfume que você adora tanto. É a Daniele que manda um e-mail pra saber se você melhorou do resfriado. É a Tahinara que tira você da cama num domingo à tarde pra tomar um chopp e faz você rir dos casos complicados que ela vive intensamente. É a Márcia que consegue pra você uma consulta naquela cartomante disputadíssima. É o Thiago avisando que abriu um ótimo barzinho perto do trabalho dele. É a Gisele te convidando para uma noitada de vinhos, muita conversa fiada e boas risadas. Esses são os amigos que fazem parte da sua vida hoje, mais existe outra categoria: os amigos da adolescência que encontramos raramente. Como a sua melhor amiga dos tempos de escola, que já tem uma linda filha de 10 anos que você viu a última vez no batizado.
Sobre o que vão conversar? Sobre casamento, filhos e as respectivas carreiras certo? Errado. Vocês vão se lembrar das tardes em que comiam escondido leite condensado com chocolate. Daquela vez em que o primo dela deu em cima de você. Da primeira vez que rasparam a perna ou vestiram um biquíni de cordinha. E a filha da sua amiga vai estar na sala nesse momento, ouvindo a mãe e aquela mulher desconhecida (você), rindo alto, e com os olhos marejados. E não vai entender nada. Nem poderia. Existe uma magia entre os amigos que é única: a cumplicidade para rir das boas e más lembranças. E esse momento de gargalhada e olhos úmidos, vai se transformar em outra lembrança. Para você recordar daí a alguns dias, semanas ou décadas. A felicidade de se ter amigos é que eles vivem com a gente no passado no frente e serão sempre lembrados no futuro...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008


A gente pode morar numa casa mais ou menos,

Numa rua mais ou menos,

Numa cidade mais ou menos,

E até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos,

Comer um feijão mais ou menos,

Ter um transporte mais ou menos,

E até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos.

Tudo bem.

O QUE A GENTE NÃO PODE MESMO,

NUNCA, DE JEITO NENHUM,

É AMAR MAIS OU MENOS,

É SONHAR MAIS OU MENOS,

É SER AMIGO MAIS OU MENOS,

É NAMORAR MAIS OU MENOS,

É TER FÉ MAIS OU MENOS,

É ACREDITAR MAIS OU MENOS.

Senão, a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos...

E isso é a pior coisa que pode acontecer a alguém.

Sejamos felizes por inteiro!!!


(Chico Xavier)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cry


I have seen peace. I have seen pain,
Resting on the shoulders of your name.
Do you see the truth through all their lies?
Do you see the world through troubled eyes?
And if you want to talk about it anymore,
Lie here on the floor and cry on my shoulder,
I'm a friend.
I have seen birth. I have seen death.
Lived to see a lover's final breath.
Do you see my guilt? Should I feel fright?
Is the fire of hesitation burning bright?
And if you want to talk about it once again,
On you I depend. I'll cry on your shoulder.
You're a friend.
You and I have been through many things.
I'll hold on to your heart.
I wouldn't cry for anything,
But don't go tearing your life apart.
I have seen fear. I have seen faith.
Seen the look of anger on your face.
And if you want to talk about what will be,
Come and sit with me, and cry on my shoulder,
I'm a friend.
And if you want to talk about it anymore,
Lie here on the floor and cry on my shoulder,
Once again
cry on my shoulder
I'm a friend.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Pertencer


Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou. Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça. Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus. Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso. Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro. Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos. Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa. Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida. No entanto fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança. Mas eu, eu não me perdôo. Quereria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a alguém essa espécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga que por vergonha não podia ser conhecido. A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho!


Clarisse Linspector

domingo, 2 de novembro de 2008

paaraabéens, voocê acaba de leer umaa coisa inutil=)

O amOr é que nem capim, nasce, cresce vem uma vaca e acaba comiii tdO..
O amor é cego , o negocio é apalpar .
quer umα gαrotα perfeitα ? comprα umα bαrbie!
vou passar a cuidar mais da minha saude, pq da minha vida jah cuidam os outros
Campanha pela vida: eu cuido da minha e vc cuida sua... :P
Se você não pode ajuda .. atrapalhe , o importante é participar .
24 horas pra cuida da sua vida e você insisti em fazer hora extra na minha .
vc acha mesmo qe eu vou me importar de vs estar aqui ? qe nada querida, afinal, é pra isso qe o orkut serve '
Dizem que a Amizade vale a Pena, Mais sua vale a Galinha inteira *-*
Meoo OrkuT nãao Tem Milho pra Galinhá Fuça !
Procurαndo αlgo?Google jαh existe melben
Nunca desista de seu sonho, continue procurando em outras padarias
Homem sem chifre é animal indefeso!!! :P
não grite alto a sua felicidade pois a inveja tem sono leve
Na sua boca eu viro Mel , Escurregoou - Abaixa é Creúúúúú
' Se todos os homens são iguais porq as mulheres escolhem tanto ? '
É fazenO merda q se aduba a vida
“Desta vez votem nas putas, porque os filhos delas não resolvem nada.”