quarta-feira, 22 de maio de 2013

Eu não quero brigar mais não



Hoje acordei com uma nostalgia de você, eu finjo que estou bem, finjo que me esqueci de ti, ou pelo menos tento não lembrar o tempo todo de você.
Hoje acordei e nos minutos que fiquei deitada organizando meu dia mentalmente, me veio uma lembrança que era comum nas nossas manhãs juntos. Após o despertar, o abraço aconchegante que me parecia dizer não vá, apenas se aconchegue mais ao meu corpo e fique aqui. Eu lutava bravamente e levantava, tomava meu banho, me arrumava e ia te acordar para fechar a porta após eu sair... porém aí que tudo acontecia, nunca era assim, você sempre acabava me convencendo a voltar para o calor dos seus braços, o doce dos seus beijos e as carícias que nos fariam despertar bem mais felizes para o dia que ensaiava começar. E eu me entregava, despia-me novamente para entregar-me a ti.
Sinto tantas saudades, foram tantos bons momentos, o que mais me dói é a falta da cumplicidade, você me entendeu, entendia meu corpo e minhas vontades.
Sinto falta do carinho, da cumplicidade trocada no olhar, da forma que você me abraçava da forma como eu me sentia feliz, forte e frágil ali aconchegada.
Não te procuro, não te procurarei, porque acho que toda essa falta, está polarizada somente da minha parte, você nunca deu um passo até mim. Em toda desavença, sempre fui eu a primeira a ceder, sempre fui que pedi desculpas mesmo quando não era a errada. E com isso me sinto cansada, fazer alguém feliz é deliciosamente fantástico, não há melhor sensação. No entanto, só uma vez eu quero alguém que venha por mim, se eu briguei... que venha até mim. Exponha pontos de vistas, me faça ver se errei ou simplesmente se desculpe só para me ter, como tantas vezes eu fiz. A minha insanidade em desistir foi para tentar te acordar. Mais fui tola, não havia motivos para você acordar, sempre estive ali, sempre abri mão, então porque você lutaria, se era muito mais fácil aguardar que eu aceitasse e mudasse de ideia?
Como eu já disse uma vez, talvez você tenha tido de sobra o que me faltou de forma mínima. O seu amor próprio é egoísta, você é sempre prioridade, enquanto eu sempre fui altruísta demais, sempre relevei tudo em função de te agradar e te fazer feliz.
Hoje está mais complicado... já busquei seu nome diversas vezes no celular e desisti em seguida. Porque só eu tenho que sentir falta ou correr atrás?
Se eu representasse o mínimo do que você me disse, você procuraria saber ao menos se estou bem, porque é isso que amigos fazem... e você diziam que antes de tudo, você era meu amigo. Então se você se preocupasse você me procuraria. Você me ligaria, mandaria um sms, uma mensagem privada na rede social.
Você me disse: Eu já perdi a mulher, me ajude, não quero perder também a amiga e o carinho.
Até onde você realmente se importa?
Eu não quero mais brigar, mais é impossível não reparar nas atitudes atuais.
Como você nunca podia sair, quantas vezes fui ao seu encontro no auge da animação para sair e fui recebida na porta por um homem desanimado de samba de canção já reclamando que estava cansado, para em seguida emendar: Se você quiser podemos fazer algo.
Eu jamais pediria, eu queria que você tivesse me visto, me lido... Coisas que você nunca se esforçou. Tenho minhas mágoas.
Vejo-te hoje num ritmo de reuniõezinhas frequentes com amigos, e muito sinceramente fico feliz em te ver sair e curtir, mas é impossível não me questionar. Porque comigo ele nunca tinha essa disposição? Vergonha, desinteresse e coisas que prefiro nem pensar que tenham sido motivos.
São tantas as respostas que me vem a mente, nenhuma tão digna que eu que consiga colocar aqui...
Enfim, nada que eu pense, que eu escreva, que eu me questione mudará tudo isso.
A maior dúvida que tenho é somente minha, será que a culpa é minha?
Será que um dia acharei alguém que me queira e me aceite como eu sou?