quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Persistência




Já faz mais ou menos uma semana que tenho um texto rolando na minha cabeça para publica-lo aqui, porém é tudo muito intimo, e não vou expor assim minha vida e meus sentimentos por alguém que nem sei ao certo se é melhor para mim ou o que sente por mim, se é que se lembra...
Quando normalmente as coisas vem assim, sei que preciso coloca-las para fora. Para evitar ficar remoendo, amo minhas amigas, mais nem tudo a gente quer falar... No meu caso simplesmente por serem lembranças tão dolorosas de uma pessoa a quem amei demais.
Então hoje finalmente me enchi de coragem e peguei os velhos e bons caneta e papel e lá se foram exatas seis folhas de um caderno grande... Extenso demais para colocar aqui e extremamente intimo e doloroso, como falei acima.
São sentimentos que há muito queriam sair, coisas que aconteceram no passado e eu acreditava que tinha lidado bem com elas, mais descobri que isso ainda me afetava de forma que nem eu imaginava, certas feridas que nunca cicatrizaram.
Então hoje no facebook apareceu um texto de um cara que admiro demais: Caio Fernando Abreu.
Até porque esse primeiro nome me é extremamente sensível às lembranças relacionadas a esses fatos.
Consegui por para fora um pouco das minhas angústias naquelas folhas de papel, muitas lágrimas e um sentimento de quase alívio.
Quando terminei, li e reli e fiquei pasma comigo.
Como e porque comigo?
Mais enfim?! Se Deus nos dá os fardos é porque somos capacitados para lidar com eles, então apenas divido aqui partes de mim.


Mas acontece tipo assim: lembro-me do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo, automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante a pessoa mais feliz do mundo, mas que só você, de algum modo, fosse capaz de ativar.
Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida, quando penso em quão longe você está sinto-me despedaçar por inteira.
Sabe a sensação de arrancar um doce de uma criança? Pois é, sou essa criança.
E dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença.
Então sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo, peço pra Deus cuidar da gente, amenizar essa dor e fazer o que for o certo para nós!
Caio Fernando Abreu

Mais enquanto nada acontece ou muda ...
"Vai menina, fecha os olhos.
Solta os cabelos. Joga a vida.
Como quem não tem o que perder.
Como quem não aposta.
Como quem brinca somente.
Vai, esquece do mundo.
Molha os pés na poça.
Mergulha no que te dá vontade.
Que a vida não espera por você.
Abraça o que te faz sorrir.
Sonha que é de graça.
Não espere.
Promessas, vão e vem.
Planos, se desfazem.
Regras, você as dita.
Palavras, o vento leva.
Distância, só existe pra quem quer.
Sonhos, se realizam, ou não.
Os olhos se fecham um dia, pra sempre.
E o que importa você sabe, menina.
Caio Fernando Abreu

De fato esse segundo texto também fala algumas coisas sobre mim.
Quem me conhece sabe disso... sou impulsiva.
Sofro? Sim sofro, mais logo escondo esse tormento e lá vou eu com meu sorriso ver o que tem a vida para me oferecer... Sigo tentando, muitas vezes errando, outras acertando e algumas tantas apenas me divertindo por ter tanta sorte de ter tão maravilhosos amigos.
Como a Gisele, Daniele e Rafael.